sexta-feira, 6 de maio de 2011

Corrimento / prurido vulvar



Um dos mais comuns e mais irritantes problemas que afeta a saúde da mulher é o corrimento vaginal, também chamado de vaginite. É uma das causas mais frequentes de visita ao médico ginecologista.

Caracteriza-se por uma irritação vaginal ou um corrimento anormal que pode ou não ter cheiro desagradável. Pode haver também coceira ou ardor na vagina ou vontade mais frequente de urinar.

Os corrimentos podem ser causados por:

•    infecções vaginais
•    vulvites e vulvovaginites
•    infecções cervicais ou do colo do útero
•    doenças sexualmente transmissíveis




O que causa ?

Existem diversas outras causas de corrimento e de prurido vulvar sem corrimento:
a) Um dos mais comuns é o corrimento por excesso dos Bacilos de Doderlein, o qual dá os mesmos sintomas da cândida, mas o tratamento é diferente. Bacilos de Doderlein são bacilos normais da vagina, que se alimentam de glicogênio, produzidos pelas células vaginais estimuladas pelos hormônios femininos. Esses bacilos são importantes, pois produzem ácido lático, o que mantém a pH da vagina ácido para evitar a proliferação de outras bactérias causadoras de doenças.
b) Vaginite atrófica (por carência dos hormônios femininos da menopausa).
c) Vaginite atrófica (por alteração dos  hormônios na gravidez, do parto e da amamentação).
d) Vaginite irritativa, provocada por atrito da camisinhadiafragmaespermaticida, químicos do gel lubrificante, uso constante de absorvente externo e interno.
e) Vulvovaginite alérgica provocada por calcinhas de lycra, nylon e outros tecidos sintéticos, roupas apertadas, jeans, meias calça, produtos químicos contidos no corante das roupas etc.
Vulvites – inflamações da parte externa dos genitais (chamada vulva) causados por:
- papel higiênico colorido ou perfumado;
- sabonetes perfumados ou cremosos;
- shampoos e condicionadores de cabelo;
- sabão em pó e amaciantes de roupas;
- detergentes;
- desodorantes íntimos;
- uso do chuveirinho como ducha vaginal.
Prurido vulvar é a coceira intensa na vulva.
Lembre-se de que corrimento não é a lubrificação normal da vagina durante o ato sexual. Isto é absolutamente normal.
É muito importante que a própria mulher tente descobrir qual a causa de seu corrimento, experimentando tirar os fatores irritantes um a um. 
A automedicação, sem orientação médica, é uma das principais causas de corrimentos crônicos.


O diagnóstico é feito pelo médico ginecologista por meio da anamnese (perguntas para a paciente), exame ginecológico e, eventualmente, exames de papanicolau ou exames de laboratórios. É bom esclarecer que nos, casos de corrimentos vaginais, o diagnóstico clínico tem muito valor. Portanto, uma visita ao ginecologista é indispensável. Nem sempre exames de laboratório negativos significam ausência de problemas.

Lembre-se de que a lubrificação normal da vagina durante o ato sexual não é corrimento. Essa lubrificação é absolutamente normal.

Os corrimentos mais comuns são:

•    Candidíase
•    Tricomoníase
•    Vaginose bacteriana
•    Cervicites


Medidas simples que evitam

Os corrimentos vaginais são apontados como um dos problemas mais frequentes entre as mulheres. Fatores múltiplos predispõem essa alteração, principalmente o uso de roupas apertadas e tecidos sintéticos.
A recomendação unânime é usar roupas que não comprimam a região genital. As calças não precisam ser abolidas, mas os tecidos devem ser leves, mais apropriados para a temperatura de cada região.

Na calcinha, uma secreção atípica. A mulher sente coceira intensa, que pode ser acompanhada de irritação na área genital e dor durante o sexo. Os sintomas são de um problema que lidera as queixas nos consultórios ginecológicos: os corrimentos vaginais. De acordo com o ginecologista Edson Lucena, a candidíase, também conhecida como monilha, é um dos problemas mais comuns que poderia, na maior parte dos casos, ser evitado com a adoção de medidas simples.

Há outras causas que podem predispor a mulher ao problema, como gestação, ingestão exagerada de condimentos, diabetes e até uso de pílulas anticoncepcionais, que alteram os níveis de acidez da vagina. Mas são as roupas justas, de tecidos sintéticos, apontadas como principais vilãs. A chefe do Departamento de Saúde Materna Infantil da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), Sílvia Bonfim, explica que a vagina é úmida e tem uma flora bacteriana ácida para proteger o órgão da contaminação por micróbios da pele ou na relação sexual.

Calças jeans ou roupas muito apertadas de tecidos como lycra impedem a ventilação dessa área, levando à fermentação do muco natural, situação que favorece a instalação de fungos e bactérias. Daí surgem os corrimentos. ''Estamos em um clima quente e não podemos utilizar o mesmo vestuário de climas mais frios. A mulher pode seguir a moda, fazendo adaptações'', defende ela.

Além da umidade e da secreção natural, a vagina pode apresentar esperma depositado. Segundo a médica, cerca de dois terços do sêmen ejaculado pode ficar coagulado na mulher por até mais de 24 horas depois da relação sexual. Um mecanismo da natureza para facilitar a gravidez.

O ginecologista Sérgio dos Passos Ramos acrescenta que a região genital é semelhante a das axilas. Com um agravante: ''Além do líquido do suor, também tem urina, que, por melhor que seja a higiene, sempre fica um pouco. Há uma secreção normal e também restos de fezes do ânus. Quando se usa roupas inadequadas, faz uma mistura de culturas, que faz mal para a saúde''.

Por mais atraente que possa parecer uma lingerie de lycra, a melhor opção para a saúde e bem-estar feminino são as calcinhas de algodão. Elas devem ser lavadas sempre com sabão de coco ou neutro. O uso de amaciantes e água sanitária é contraindicado. ''Esses produtos ficam na fibra do tecido e podem levar ao desenvolvimento de vaginites químicas'', alerta o ginecologista Frederico Perboyre.

O presidente da Sociedade Cearense de Ginecologia e Obstetrícia, Fernando Aguiar, alerta que corrimentos aparentemente simples podem se agravar, levando a inflamações no útero, trompas e ovários. Em alguns casos pode comprometer a fertilidade e até levar a intervenções cirúrgicas. ''A principal orientação é, ao sentir corrimento diferente do normal, procurar imediatamente um médico e jamais fazer a automedicação''
Tratamento.
Conforme foi visto, o tratamento correto depende da causa do corrimento. Muitas vezes o simples tratamento doscorrimentos crônicos não será suficiente, e para evitar a recidiva/recorrência (retorno do corrimento), haverá  necessidade da colaboração da mulher que será quem vai "descobrir" a causa dos mesmos fazendo uma investigação em seus hábitos.
Da mesma maneira, o tratamento nem sempre será apenas com remédios, mas também vai requerer mudança de hábitos, de roupas e ajuda do parceiro. Em alguns casos, os medicamentos podem até piorar os sintomas, mas se a indicação estiver correta, o resultado final será satisfatório.
Entretanto, em alguns corrimentos é imprescindível o tratamento do parceiro para evitar a possibilidade de reinfecção.
vagina é um “mundo à parte”, em que existem bactérias boas chamadas Bacilos de Doderlein, que se alimentam de glicogênio, que é um açúcar produzido pela célula vaginal estimulada pelos hormônios.
Essas bactérias produzem ácido lático, que é o responsável pelo pH ácido da vagina e pela sua defesa contra as outras bactérias.
Seu médico ginecologista é seu aliado para manter a saúde dos seus órgãos genitais. Evite a automedicação, pois, além dos medicamentos serem caros, têm efeitos colaterais. A automedicação é uma das principais causas dos corrimentos crônicos.

Cuidados com a saúde intima 

- Use sabonete neutro ou produtos apropriados para a higiene da região genital. Evite os sabonetes comuns e os que contêm cremes hidratantes. Esses são ótimos para a pele, mas péssimos para a vagina. Pode-se ter dois sabonetes, um para as mucosas, outro para o resto do corpo.
- Evite desodorantes íntimos e produtos como talcos e perfumes.

- Evite excessos, como lavagens exageradas na região genital, que podem retirar a proteção natural da vagina.

- Use roupas leves, que não comprimam a região genital.

- Evite o uso excessivo de tecidos sintéticos e jeans.

- Dê preferência a calcinhas de algodão em relação às de tecidos sintéticos, como a lycra.

- Lave as calcinhas com sabão de coco ou sabonete neutro. Não use amaciante nem água sanitária nas peças. Do contrário, é preciso se certificar de que não restaram resíduos dos produtos no tecido.

- Seque a roupa íntima em locais secos e arejados, de preferência expostas ao sol. Não deixe as calcinhas secarem em banheiros e outros locais abafados.

- Não passe muito tempo com biquínis molhados.

- A depilação deve ser feita de forma cautelosa. É preciso observar as condições de higiene do local que oferece o serviço e se certificar de que a cera é descartável. Antes e após o procedimento, deve ser feita a limpeza da área para evitar a contaminação por germes.

- Durante a menstruação, troque o absorvente quantas vezes forem necessárias, dependendo do fluxo, e com um mínimo de três vezes. A cada troca, fazer a higiene local.

- O uso de absorventes diários não é recomendado. Eles impermeabilizam e impedem a transpiração da região genital, favorecendo a instalação de fungos e bactérias.

- Absorventes internos podem ser usados, desde que trocados com regularidade.

- Evite papel higiênico colorido ou perfumado. Eles podem agredir a mucosa.

- Jamais use duchas vaginais sem prescrição médica.

- Não use o chuveirinho do vaso sanitário para lavar a vagina internamente. A água remove as bactérias e torna a área mais suscetível a infecções.

- A mulher possui lubrificação natural. Procedimentos que deixam a área genital ressecada podem levar a pequenas rachaduras que são fonte de infecção.

- O lubrificante íntimo pode ser boa alternativa para manter a lubrificação da mulher durante a relação sexual.

- Procure sempre um médico aos primeiros sintomas atípicos e nunca faça a automedicação.

- Procure um médico regularmente, de seis em seis meses a um ano, para realizar os exames ginecológicos. Atenção: a prevenção é o conjunto de todos os procedimentos durante a consulta, incluindo a conversa com o ginecologista. Não apenas o exame citológico ou das mamas. 

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