terça-feira, 10 de maio de 2011

Separação


A Dor da Separação

A Dor da Separação I


Quem está passando por uma separação parece que tudo se torna difícil de ser realizado. Perde-se a vontade de fazer qualquer coisa que seja por si mesma, ainda mais participar ou manter uma reeducação alimentar.

 Isso pode ocorrer porque a pessoa acaba por se sentir tão sem valor, que não encontra forças para fazer algo por ela ou ainda, não acredita ser merecedora de nada que possa fazê-la sentir-se bem, como se houvesse uma culpa oculta por seus sentimentos. Mas podemos, e devemos, fazer algo para que consigamos suportar esse momento tão cruel e que parece não ter fim.

Separar-se de quem se ama não é uma tarefa das mais fáceis. É um momento de muita dor, como se tivessem atingido a nossa própria alma, que agora sangra de tal forma que parece não irá se cicatrizar nunca. As emoções ficam mais expostas e a razão parece sequer existir. Ficamos totalmente sem defesas e, assim, sem proteção.
E o que mais nos pedem é que sejamos racionais. Como, quando tudo é sentido com tal intensidade que parece não existir espaço para a razão?

Quando a decisão pela separação é tomada pelos dois, que concordam ser esse o melhor caminho por não haver mais amor, respeito, amizade, objetivos em comum, já é difícil por todo o processo em si que envolve esse momento. Mas existem casos em que a separação acontece quando um, ou muitas vezes, os dois, ainda se amam, mas determinada situação os forçam a se separar.

Ou, ainda, há aquelas que são literalmente abandonadas, sem sequer ter participado da decisão ou sabem os reais fatores que levaram o outro a ir embora. O fato é que a separação quando existe amor é uma fase que machuca demais os envolvidos, não atingindo apenas quem já não sente mais amor, ou quem já está com outra pessoa em seu coração.

Para quem ainda ama, requer muito esforço voltar a sentir prazer pela vida. Afinal, que vida, se sentimos que quem foi levou um pedaço de nós? Dizem que o tempo é o melhor remédio, mas o tempo parece se intensificar e prolongar ainda mais o que tanto dói.

Hoje, sequer existem amigos para dividir esse momento e, muitas vezes, não há família, ou seja, não há ninguém com quem dividir a tristeza, a saudade, com quem falar das dúvidas e perguntas sem fim. Não há quem suporte ao nosso lado e preencha esse vazio tão intenso deixado por quem se foi e por tudo que se acreditou.

É exatamente isso que dá a sensação de vazio, os planos feitos, os sonhos que jamais serão realizados, ao menos com quem se acreditou que seriam. Tudo isso acabou! Acabou o nós e é preciso de novo voltar a dizer eu. Não há mais a nossa casa e sim, a minha. Não há mais as ligações diárias, os jantares a dois, os momentos de prazer, as preocupações divididas. Tudo agora terá que ser feito só.

A certeza de ter alguém que nos espere, que se preocupe, que nos ame, nos dá muitas vezes a segurança para continuar mais um dia e, que, de repente, não sentimos mais. Ficamos inseguras, frágeis, sensíveis e apenas com uma certeza: não somos amadas como esperávamos ser. E isso acaba por se refletir em todas as outras áreas de nossa vida, comprometendo nossa concentração, criatividade, o trabalho e até a própria saúde.  

A tendência nesse momento é lembrar apenas de tudo que havia de bom, dos momentos de alegria. Mas será que era mesmo assim? Se fosse, haveria a separação? É preciso analisar todo o relacionamento para identificar o que era desejo, idealização e o que era realidade. A outra pessoa estava correspondendo aquilo que você esperava dela?

Será que nos últimos meses tudo era mesmo feito junto e com satisfação para ambos? Quem acabava sempre cedendo para agradar apenas ao outro? Quanto será que você não relevou, deixou para lá, não esperou que o outro mudasse? Quais eram os motivos dos desentendimentos, discussões e brigas? Os objetivos de cada um continuavam a ser os mesmos? Os valores também?

Existiam demonstrações constantes de amor? Os dois se sentiam amados e valorizados? O que levou ao distanciamento? Havia diálogo, trocas constante de carinho, cuidado com o outro? Ou será que as palavras de carinho começaram a dar lugar a ofensas e mágoas? Algumas palavras ditas ferem como arma afiada que penetram no mais íntimo de nosso ser, provocando feridas invisíveis, mas que dificilmente cicatrizam. Como e quando as coisas mudaram? Por que não se conseguiu evitar a separação?

Acaba sendo instintivo julgar o outro como responsável pelo nosso sofrimento em função de sua ausência. Mas será que agora você não está tão sozinha quando estavam juntos? Todos esses sentimentos, muitas vezes, contraditórios, podem nos deixar mais confusas ainda, quando o que mais precisamos é de serenidade e confiança.

Sentimos medo de errar de novo, de ficar sozinha, de ninguém mais querer dividir a vida conosco. De não ser mais amada, desejada. De não conseguir superar mais essa perda e, assim, nos isolamos, culpamos-nos pelo que fizemos e deixamos de fazer. E tudo parece não ter mais vida e nem sentido para se continuar vivendo. Será que está sentindo tudo isso porque o outro não está mais ao seu lado ou por que abandonou a si mesma há muito tempo?

É importante nesse momento você responder a si mesma todas essas perguntas com sinceridade para que possa entender todo esse processo e voltar a perceber o valor que com certeza você tem. Confrontar-se com os sentimentos que mais doem dentro de você é o caminho mais certo para buscar a força interior que tem e é o que mais precisa nesse momento.

Traição, 15 sinais que indicam.

Veja os 15 sinais que indicam a traição
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Existem épocas em que o namoro ou o casamento pode não andar muito bem e a suspeita de que o parceiro esteja tendo uma aventura extraconjugal pode começar a rondar a cabeça.


É provável que a vontade de revistar bolsos, o celular, procurar marcas de batom em colarinhos ou cheiro de perfumes diferentes nas roupas comece a aparecer, mas nem sempre é preciso ir tão longe para obter indícios de uma traição.

De acordo com a psicóloga Olga Inês Tessari, quando alguém comprometido arruma uma segunda pessoa existe um conflito interno e o sentimento de culpa acaba aparecendo, sendo assim, mudanças de comportamento e mesmo na personalidade são os primeiros sinais de que uma relação não está harmoniosa e que a possibilidade de logo haver uma traição é muito grande.

O detetive e diretor da Central Única Federal dos Detetives do Brasil, Edilmar Lima, que já atendeu em seu escritório aproximadamente 6,5 mil casos sobre adultério, explica que todas as pessoas podem se tornar um traidor em potencial.

"Cotidianamente vivemos uma disputa acirrada, é uma verdadeira batalha em prol de 'segurar' o nosso affair, tanto o homem quanto a mulher recebem 'cantadas' no seu dia-a-dia, no seu trabalho, na rua, na Internet, no mercado e em tantos outros lugares", afirma o detetive.

Segundo Edilmar Lima, infelizmente ainda não foi desenvolvido nenhum antídoto para evitar a traição, o que se pode tentar fazer é prevenir e policiar, mas sem deixar que isto se torne uma ameaça à relação.

15 atitudes que podem indicar que você está sendo traída:

1) O parceiro começa a dizer que precisa de um espaço só dele, sendo que antes o casal fazia tudo junto

2) Começam as reuniões com os amigos, onde a presença do outro é totalmente dispensável e imprópria

3) Ele está mais interessado em comprar roupas novas ou há momentos em que sai de casa mais arrumado para fazer ações banais, como "tomar um ar"

4) Seu parceiro há algum tempo começou a trabalhar até tarde e a ter reuniões no final de semana, mesmo sem mudança aparente no emprego

5) Ele tem se irritado ou fica estressado com facilidade

6) Mudança no comportamento: ele está mais amável do que o normal ou então você percebe que muitas vezes tem ficado como segundo plano

7) Sempre que está ao seu lado e o celular dele toca ele fica sobressaltado ou quer ficar sozinho para atendê-lo

8) Quando você telefona dificilmente consegue falar com ele

9) O apetite sexual dele mudou. O tempo todo está ocupado ou cansado demais para você ou então de uma hora para outra quer fazer sexo a todo instante com medo de que você perceba que ele tem outra

10) Ele começa a chegar sempre atrasado em compromissos

11) Ele tem crises excessivas de ciúmes

12) Quando chegam as contas, ele trata de pegá-las rapidinho para esconder gastos com telefonemas pelo celular ou com cartões de crédito em restaurantes, motéis, presentes para a amante

13) Ele critica outros infiéis

14) Ele se incomoda de ver você muito quieta, com medo que você desconfie da traição

15) Ele começa a achar tudo caro e costuma dizer com freqüência que vocês precisam fazer passeios mais baratos para economizar dinheiro



Abre o olho hein!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Insônia


O que é Insônia?

Insônia é a percepção ou queixa de sono inadequado, ou de baixa qualidade, por causa das seguintes razões:


Dificuldade em cair no sono


Levantar freqüentemente durante a noite com dificuldade de voltar a dormir


Acordar muito cedo


Sono não restaurador

Insônia não é definida pela quantidade de horas que uma pessoa dorme ou quanto tempo leva para cair no sono. Indivíduos geralmente variam em suas necessidades de sono. Insônia pode causar problemas durante o dia como cansaço, falta de energia, dificuldade de concentração e irritabilidade.

Insônia pode ser classificada como transiente (curto-prazo), intermitente (vem e vai), e crônica (constante). Insônia que dura desde uma noite até algumas semanas é classificada como transiente. Caso os episódios de insônia transiente ocorram de tempos em tempos, classifica-se como intermitente. A insônia é considerada crônica se ocorre na maioria das noites e dura mais de um mês.


O que causa a insônia?

Certas condições parecem tornar indivíduos mais susceptíveis à insônia. Exemplos destas condições incluem:


Idade avançada (insônia ocorre mais freqüentemente depois dos 60 anos).


Sexo feminino.


Histórico de depressão.

Caso outras condições (como estresse, ansiedade, problema médico ou uso de alguns medicamentos) ocorram junto com as listadas acima, há maior probabilidade de insônia.

Há varias causas de insônia, sendo que a transiente e intermitente geralmente ocorrem em pessoas que estão temporariamente vivenciando uma ou mais das situações abaixo:


Estresse.


Ambiente barulhento.


Mudanças no ambiente ao redor.


Problemas no horário de dormir/acordar como aqueles decorrentes de "jet lag".


Efeitos colaterais de medicamentos.

Insônia crônica é mais complexa e geralmente resulta de uma combinação de fatores, incluindo os decorrentes de desordens físicas ou mentais. Uma das causas mais comuns de insônia crônica é a depressão. Outras causas incluem artrite, doença nos rins, problema no coração, asma, apnéia, narcolepsia, síndrome das pernas inquietas, mal de Parkinson e hipertiroidismo. Porém, insônia crônica pode ser devida a fatores de estilo de vida, incluindo o mal uso de cafeína, álcool e outras substâncias; estresse crônico; e ciclos quebrados de sono/despertar como por exemplo em conseqüência de trabalho noturno ou em turnos.

Adicionalmente, os comportamentos a seguir têm mostrado perpetuar a insônia em algumas pessoas:


Expectativa e preocupação de ter dificuldade para dormir.


Ingestão de quantidade excessiva de cafeína.


Beber álcool antes do horário de dormir.


Fumar cigarro antes do horário de dormir.


Soneca excessiva de manhã ou de tarde.


Horários de dormir/acordar irregulares ou continuamente alterados.

Esses comportamentos podem prolongar a insônia existente ou ser responsáveis pelo seu aparecimento. Interromper esses comportamentos pode eliminar a insônia.


Quem sofre de insônia?

Insônia ocorre em homens e mulheres de todas as idades, porém parece ser mais comum no sexo feminino (especialmente depois da menopausa) e em idosos. A capacidade de dormir, e não a necessidade de sono, parece diminuir com a idade.

Como a insônia é diagnosticada?

Pacientes com insônia são avaliados com a ajuda dos históricos médico e de sono. O histórico de sono pode ser obtido com um diário preenchido pelo paciente ou por entrevista com o parceiro de cama com relação à sua quantidade e qualidade de sono. Investigações especializadas do sono pode ser recomendadas, porém somente se houver suspeita de que o paciente possa ter desordens de sono primárias como narcolepsia ou apnéia do sono.

Como é o tratamento de insônia?

Insônia transiente e intermitente podem não requerer tratamento, uma vez que os episódios duram apenas alguns dias. Por exemplo, se a insônia for decorrente de mudanças de horários como conseqüência de "jet lag", o relógio biológico da pessoa geralmente voltará ao normal por si mesmo. Porém, para algumas pessoas que vivenciam sonolência durante o dia e têm performance afetada como resultado de insônia transiente, a utilização de comprimidos para dormir de curta ação pode melhorar o sono e atenção no dia seguinte. Como todos os medicamentos, há efeitos colaterais potenciais. O uso de remédios para insônia sem prescrição médica não é recomendado.

Tratamento para insônia crônica consiste de:


Primeiro, diagnosticar e tratar problemas médicos ou psicológicos que possam estar ocasionando a insônia.


Identificar comportamentos que podem piorar a insônia e interrompê-los ou reduzi-los.


Possível uso de remédios para dormir, embora a utilização a longo prazo seja controversa. Um paciente usando qualquer remédio para dormir deve estar sob a supervisão de um médico que avaliará de perto a eficiência e minimizará os efeitos colaterais. Em geral, esses medicamentos são prescritos na dose mínima e no menor período de tempo necessário para aliviar os sintomas relacionados à falta de sono. Para alguns desses remédios, a dose deve ser gradualmente diminuída, uma vez que uma parada abrupta poderia ocasionar a volta da insônia por uma noite ou duas.


Experimentar técnicas comportamentais para melhorar o sono, como terapia de relaxamento, terapia de restrição de sono e recondicionamento.

Terapia de relaxamento. Há técnicas específicas e efetivas que podem reduzir ou eliminar a tensão corporal e ansiedade. Como resultado, a mente da pessoa é capaz de ficar quieta, os músculos podem relaxar e pode ocorrer o sono repousante. Geralmente é preciso muita prática para aprender essas técnicas e alcançar a relaxação efetiva.

Restrição de sono. Algumas pessoas sofrendo de insônia gastam muito tempo na cama tentando sem sucesso dormir. Essas pessoas podem se beneficiar de um programa de restrição de sono que primeiramente permite apenas algumas horas de sono durante a noite. Gradualmente o tempo é aumentado até que seja alcançada um noite normal de sono.

Recondicionamento. Outro tratamento que pode ajudar algumas pessoas com insônia é recondicioná-las para associar a cama e o horário de dormir com o sono. Para a maioria das pessoas, isso significa não usar sua cama para nenhuma outra atividade além de sexo e dormir. Como parte do processo de recondicionamento, a pessoa é geralmente aconselhada para ir para a cama somente quando estiver com sono. Se não for capaz de dormir, a pessoa é orientada a levantar e só voltar para a cama quando estiver com sono. A pessoa também deve evitar sonecas. Eventualmente, o corpo será condicionado a associar a cama e horário de dormir com o sono.

Entre em forma contra o estresse e a depressão.


Entre em forma contra o estresse e a depressão
Conciliar a organização de tarefas domésticas com o cumprimento de rotinas de trabalho e a educação dos filhos. O cotidiano da mulher moderna é assim, corrido e cada vez mais abrangente. Porém, mais importante do que tentar vencer o relógio no dia a dia, é cuidar da saúde. Dedicar espaço na agenda para a realização de exercícios físicos e horas de lazer é fundamental para o bem-estar físico e emocional.
“O exercício físico é o maior dos remédios contra o estresse e a depressão ”. Classifica ainda o estresse como “um dos principais vilões que determinam o aparecimento de doenças cardiovasculares e câncer”.

Há comprovação de que 30 minutos de atividade física por dia auxiliam na redução da pressão arterial, diminuição do colesterol e no aumento da proteção ao endotélio (camada celular interna dos vasos sanguíneos). “Se as atividades forem realizadas sem o compromisso de um relógio, a elevação de endorfinas será maior. O importante é que exijam, pelo menos, 150 minutos por semana.”

A endorfina é um neurotransmissor utilizado pelos neurônios na comunicação do sistema nervoso, e, quando liberado na prática de exercícios físicos, dá sensação de prazer e bem-estar. Mas e os tipos de exercícios físicos mais adequados para diminuir a pressão do dia a dia?  Deve-se optar preferencialmente por atividades isotônicas.

“Isso significa atividades físicas que não aumentem a pressão arterial, como, por exemplo, caminhadas, natação, andar de bicicleta. Esses exercícios combinam também o lazer. É possível ainda, nas pausas do trabalho, evitar o sedentarismo, movimentando-se o máximo possível, ou mesmo fazendo caminhada em ambiente climatizado”.

Exercícios físicos e horas de lazer também aliviam os sintomas da menopausa, que, por sua vez, podem ser estresse, ansiedade, depressão e acessos de calor. é importante lembrar que apenas a reposição hormonal bioidêntica, de baixa dose, a partir do início da menopausa, é que tem eficácia plena.

Largada inteligente

Mas não se pode sair por aí correndo em disparada, saltando ou dando braçadas sem antes realizar uma avaliação médica. As indicações de atividades variam de acordo com a faixa etária e as característica da mulher, com especial atenção a pacientes cardiopatas, que deverão realizar exercícios que não sejam acompanhados de uma frequência cardíaca que seja superior ao resultado da conta “220 menos a idade”. Se ultrapassar esse valor, pode haver colapso circulatório.

“Antes de iniciar a prática, ela precisa contabilizar, através de pontos, o risco cardiovascular, que inclui, principalmente, pressão arterial, tabagismo, dislipidemia, histórico familiar e a idade. Assim, concluiremos se a pessoa é de baixo, médio ou alto risco cardiovascular. Os principais exames abrangem a medida de colesterol, glicemia, proteína C reativa ultrassensível e o teste ergométrico.”

Solidão & Solidão a dois. (sentimento horrível)


Solidão ...
solidao triste isolado

Estava há dias a ler um artigo sobre este tema que me fez pensar como atualmente muitas pessoas reclamam em estar sós: "O que há de errado comigo que não arrumo companhia? Estou procurando há tempos alguém íntegro, de caráter, honesto e verdadeiro e veja só o que me aparece... um pior do que o outro!", reclamam os solitários.
Noto que, paralelamente a este fato, outras pessoas nunca se sentem sós. Estão sempre acompanhados; têm grande poder de atração; acabam uma relação e, no máximo em uma semana, estão com outra pessoa, nem que seja apenas sexualmente, mas, sozinhos, nunca.

Quando entro em contato com a dor que a solidão me traz é onde posso dar o primeiro passo a cura da mesma. Certamente, todos nós, em algum momento de nossas vidas, já nos sentimos solitários, com esta sensação de falta e é provável que tenhamos chorado sentindo falta de alguém ou de um amor que se foi. Isso é normal, somos humanos, mas, neste momento, me refiro "aos solitários de carteirinha", aqueles(as) que passam parte de suas vidas em amarguras, sofrimentos, tristezas, melancolias e profundas dores emocionais. Elegeram a solidão como justificativa para sua vida não andar ou não estabelecer vínculo com outras pessoas, ficam presos a determinados arquivos emocionais, e têm, nessa vida, uma ótima oportunidade de cura se assim o desejarem.
De fato, os seres humanos não nasceram para viverem sós. Nós somos seres gregários, precisamos da companhia, do carinho, da proteção, da amizade, do compartilhar. É na troca dentro das relações ou papéis que representamos, que desenvolvemos competência para interagir com cada um deles, pois na vida humana o que nos diferencia dos nossos irmãos animais são os processos de aprendizado estabelecidos na relação com seu semelhante. O pior tipo de solidão é aquela que mesmo em companhia de pessoas queridas, sentimos o vazio, a falta de alguém ou algo.
Assim, todos os solitários que sofrem por este motivo, estão cometendo um enorme equívoco: "não olhar sua relação consigo mesmos". Estão buscando fora, aquilo que deveriam buscar dentro. A experiência humana nos dá oportunidade, através do apoio do outro, de me reconhecer, aprender a ficar comigo, me acolher, me aceitar, me amar, me curtir, e ter uma qualidade de vida interior mais saudável, para me relacionar depois de ter superado as necessidade primitivas do meu nascimento e desenvolvimento, quando for um adulto que consegue assumir sua vida e sua caminhada. Solidão nada mais é que sentir falta de mim mesmo. Quem assume ficar consigo pode até sentir falta de outra pessoa, mas alcança qualidade de vida à medida que se aceita, para depois entrar numa relação afetiva pronto para trocar.
Solitários de plantão, permitam-me um dica amorosa: a solidão não existe, ela é o abandono que pratico comigo mesmo. Eu tenho em mim a dose de amor correta de tudo aquilo que necessito e se me der este amor, se entender que sou eu que curo as minhas relações e não a presença do outro, de quem ainda me mantenho dependente, em pouco tempo poderei estar inteiro para viver uma gostosa relação de amor com meu próximo.






Solidão a dois
Escutara várias vezes os mais velhos falando que a pior solidão é aquela que se sente estando junto de alguém. Era difícil entender como isso podia acontecer. Como em outras situações, aqui também, é preciso vivenciar para poder entender.
Quem já viveu junto de alguém, sem contar com seu apoio ou cumplicidade, sabe do que eu falo. Quem já viveu com alguém que trai e mente, sabe do que eu falo. Quem já viveu com alguém que se preocupa mais com a imagem que passa para as pessoas do que com o amadurecimento de um afeto, sabe do que eu falo. Quem já viveu com alguém que não respeita acordos por medo de se posicionar e se expor, sabe do que eu falo. Quem já viveu com alguém que não divide o que faz e sente, sabe do que eu falo.
Por que, então, quem já está sozinho se ilude que não está? Por que, então, não desiste e rompe a relação, alegando ter medo de ficar só, quando já está?
Lidando com casais, pude observar que há um alimentar de fantasias para suprir o vazio instalado a dois: "ruim com ele, pior sem ele", "continuo por causa dos filhos", "não ganho o suficiente", "sinto-me um fracassado, se me separar", tenho medo de me arrepender e, aí, vai ser tarde" etc...
Talvez, o medo de ficar só seja tão forte, que ter alguém, mesmo sem qualidade, voltando para casa, seja a grande sabotagem para não vivenciar concretamente a solidão e ter que cuidar de si.
Desse modo, vivendo sem conviver, morando com, mas em exclusão, pessoas adoecem, ficam deprimidas, hipertensas, dormem mal, têm úlceras, fortes dores de cabeça, abusam do álcool...
O corpo trai e revela o que a alma cala.
Talvez, no fundo, haja o medo de arriscar, ao abrir a porta. Quando estiver só, não haverá alguém para responsabilizar pelas falhas, pela existência de problemas ou pela própria dificuldade de ser feliz...
Entretanto, a vida não perdoa quem fica ou quem não faz por medo, apenas.
Mais cedo ou mais tarde, a pergunta será feita: "o que fiz com a minha vida, até agora?"

Se ame sempre primeiro, bjos Vida.

sábado, 7 de maio de 2011

Distúrbios de Ansiedade




A ansiedade é considerada um distúrbio quando ela ocorre em momentos que não se justificam ou quando é tão intensa ou duradoura que acaba interferindo com as atividades normais do indivíduo. Os distúrbios de ansiedade são o tipo mais comum de distúrbios psiquiátricos.
O que é ansiedade ?
Como surge a ansiedade?
Como é a ansiedade normal?
Quando a ansiedade é anormal?
Qual a diferença entre medo e ansiedade?
O que é a fobia?
O que causa uma fobia ?
Quais são os principais distúrbios de ansiedade?
O que é o distúrbio de ansiedade generalizada?
O que é a ansiedade induzida por drogas ou doenças?
Quais são os principais distúrbios fóbicos?
O que é a agorafobia?
O que é a fobia social ou transtorno de ansiedade social?
O que são fobias específicas?
O que é o Transtorno de Estresse Pós-Traumático?
O que é o transtorno-obsessivo compulsivo?

O que é ansiedade ?
A ansiedade é um sinal de alerta, que permite ao indivíduo ficar atento a um perigo iminente e tomar as medidas necessárias para lidar com a ameaça. Portanto é um sentimento útil. Sem ela estaríamos vulneráveis aos perigos e ao desconhecido. É algo que está presente no desenvolvimento normal do ser humano, nas mudanças e nas experiências novas e inéditas. A ansiedade permite a um ator que estreará uma nova peça, ensaiar o suficiente para ter maior segurança e, conseqüentemente, menor ansiedade; ou então que um jovem se prepare demoradamente e até com vários detalhes irrelevantes para um encontro amoroso. Após algum tempo, a preparação para o encontro com uma antiga namorada se torna quase desnecessária, já que não há mais ansiedade.

Como surge a ansiedade?
A ansiedade pode surgir repentinamente, como no pânico, ou gradualmente, ao longo do tempo, que pode variar de minutos a dias. A duração da ansiedade pode variar de alguns segundos a anos e sua intensidade pode variar do muito leve ao gravíssimo. A ansiedade pode ser aumentada por um sentimento de vergonha: "Os outros notaram que estou nervoso". Alguns ficam surpresos ao notarem que os outros não perceberam sua ansiedade ou não notaram a sua intensidade.

Como é a ansiedade normal?
A ansiedade normal é uma sensação difusa, desagradável, de apreensão, acompanhada por várias sensações físicas: mal estar epigástrico, aperto no tórax, palpitações, sudorese excessiva, cefaléia, súbita necessidade de evacuar, inquietação etc. Os padrões individuais físicos de ansiedade variam amplamente. Alguns indivíduos apresentam apenas sintomas cardiovasculares, outros apenas sintomas gastrintestinais, há aqueles que apresentam apenas sudorese excessiva. A sensação de ansiedade pode ser dividida em dois componentes:
  1. a consciência de sensações físicas, e
  2. a consciência de estar nervoso ou amedrontado.

Quando a ansiedade é anormal?
A ansiedade anormal ou patológica é uma resposta inadequada a determinado estímulo, em virtude de sua intensidade ou duração. Diferentemente da ansiedade normal, a patológica paralisa o indivíduo, traz prejuízo ao seu bem estar e ao seu desempenho e não permite que ele se prepare e enfrente as situações ameaçadoras.

Qual a diferença entre medo e ansiedade?
A diferença entre medo e ansiedade é questão teórica. Como citado anteriormente, a ansiedade é uma sensação vaga e difusa que nos leva a enfrentar com sucesso as situações agradáveis ou não. Já o medo, que também é uma reação normal, difere da ansiedade porque é ligado a uma situação ou objeto específico que apresenta perigo, real ou imaginário, e nos leva a evitá-lo. Um exemplo é o medo de assalto. Todos evitamos as situações que possam nos deixar mais vulneráveis.

O que é a fobia?
A fobia envolve uma ansiedade persistente, intensa e irrealística, em resposta a uma situação específica, como por exemplo altura. A pessoa fóbica evita a situação que desencadeie a sua ansiedade ou suporta-a com grande sofrimento. Entretanto, ela reconhece que sua ansiedade é excessiva e consciente que tem um problema. Uma fobia é caracterizada por:
  1. Medo excessivo, imensurável de um objeto ou situação;
  2. Comportamento de esquiva em relação ao objeto temido;
  3. Grande ansiedade antecipatória quando próximo do objeto em questão; e
  4. Ausência de sintomas ansiosos quando longe da situação fóbica.

O que causa uma fobia ?
Existem diversas teorias para o aparecimento de uma fobia como a psicanalítica, a comportamental, a existencial e a biológica.
Segundo as teorias psicanalíticas, a fobia é um sinal para o ego de que um instinto inaceitável está exigindo representação e descargas conscientes (sintomas de ansiedade ou fobias). A ansiedade desperta o ego para que tome medidas defensivas contra as pressões interiores. Se a repressão não for bem sucedida, outros mecanismos psicológicos de defesa podem resultar em formação de sintomas.
Segundo as teorias comportamentais, a fobia é uma resposta condicionada a estímulos ambientais específicos. Uma pessoa pode aprender a ter uma resposta interna de ansiedade após uma experiência negativa ou imitando respostas ansiosas de seu meio social. A teoria cognitiva da fobia sugere que padrões de pensamentos incorretos, distorcidos, incapacitantes ou contra-producentes acompanham ou precedem os comportamentos desadaptados. Os pacientes que sofrem de fobia tendem a superestimar o grau e a probabilidade de perigo em uma determinada situação e a subestimar suas capacidades para lidar com ameaças percebidas ao seu bem-estar físico ou psicológico.
De acordo com as teorias existenciais, as pessoas ficam fóbicas ao se tornarem conscientes de um profundo vazio em suas vidas. A ansiedade é a resposta a este imenso vazio de existência e significado.
Pelas teorias biológicas, a fobia é definida como uma função mental e essas teorias criam hipóteses para sua representação cerebral. Essas teorias são baseadas em medições objetivas que comparam a função cerebral de pessoas normais com indivíduos com fobias, principalmente através do uso de medicamentos ansiolíticos (tranqüilizantes). É possível que certas pessoas sejam mais suscetíveis ao desenvolvimento de um transtorno de ansiedade, com base em uma sensibilidade biológica. Os três principais neurotransmissores associados às fobias são a noradrenalida, o ácido gama-aminobutírico (GABA) e a serotonina.

Quais são os principais distúrbios de ansiedade?
Os principais distúrbios de ansiedade são: ansiedade generalizada, ansiedade induzida por drogas ou problemas médicos, ataque de pânico, distúrbio do pânico, distúrbios fóbicos (agorafobia, fobia social, fobia generalizada etc.), transtorno obsessivo-compulsivo.

O que é o distúrbio de ansiedade generalizada?
O distúrbio de ansiedade generalizada é a ansiedade e preocupação excessiva, quase que diária, sobre uma série de atividades ou eventos, e que dura 6 meses ou mais. A ansiedade e a preocupação são intensas e de difícil controle, desproporcionais à situação e podem ser sobre as mais diversas questões como dinheiro, saúde etc. Nesse distúrbio, pelo menos três dos seguintes sintomas estão presentes: inquietação, fatiga, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular e sono de má qualidade. O tratamento é realizado com a a associação de medicamentos (antidepressivos ou benzodiazepínicos) e psicoterapia comportamental.

O que é a ansiedade induzida por drogas ou doenças?
Neste distúrbio, a ansiedade é decorrente de problemas médicos ou uso de drogas lícitas ou ilícitas. As doenças que podem causar ansiedade são: infecções cerebrais, doenças do labirinto, distúrbios cardiovasculares (insuficiência cardíaca, arritmias), distúrbios endócrinos (hiper-atividade das glândulas tireóide ou supra-renal) e distúrbios respiratórios (asma, doença obstrutiva crônica do pulmão). Entre as drogas que podem causar ansiedade têm-se: álcool, cafeína, cocaína e diversas drogas medicamentosas. A ansiedade também pode ser causada quando se para de tomar determinados medicamentos ou drogas ilícitas.

Quais são os principais distúrbios fóbicos?
Os principias disturbios fóbicos são agorafogia, transtorno do estresse pós traumático, fobia social, fobias específicas.

O que é a agorafobia?
O termo "agorafobia" significa medo de lugares abertos. Na prática clínica designa medo de sair de casa ou de situações onde o socorro imediato não é possível. O termo, portanto, refere-se a um grupamento inter-relacionado e freqüentemente sobreposto de fobias que abrangem o medo de sair de casa, medo de entrar em lugares fechados (aviões, elevadores, cinemas etc.) multidões, lugares públicos, permanecer em uma fila, viajar de ônibus, trem ou automóvel, de se distanciar de casa e de estar só em uma destas situações. A agorafobia é uma complicação freqüente no transtorno de pânico, onde todas as situações temidas têm em comum o medo de passar mal e não ter socorro fácil ou imediato.

O que é a fobia social ou transtorno de ansiedade social?
A fobia social é o medo patológico de comer, beber, tremer, enrubescer, falar, escrever, enfim, de agir de forma ridícula na presença de outras pessoas. Uma característica importante da fobia social é a ansiedade antecipatória e o sofrimento durante a exposição.

O que são fobias específicas?
São fobias restritas a situações altamente específicas, como determinados animais, altura, trovão, escuro, espaços fechados, visão de sangue ou medo de exposição a doenças específicas. Apesar de a situação temida ser limitada, a iminência ou o contato com ela pode provocar um ataque de ansiedade aguda. Fobias específcias surgem na infância e podem persistir por toda a vida se permanecerem sem tratamento, como ocorre na maioria dos casos. O tratamento indicado é a terapia comportamental, com uso de técnicas como a dessensibilização ou "flooding", associadas a técnicas de relaxamento. Em alguns casos, o uso de benzodiazepínicos, por período limitado, pode ser útil.

O que é o Transtorno de Estresse Pós-Traumático?
É um distúrbio de ansiedade que se desenvolve em pessoas que experimentaram estresse físico ou emocional de magnitude suficientemente traumática para um ser humano comum.
As principais características deste distúrbio são:
  1. a re-experiência do trauma através de sonhos e pensamentos em vigília ("flash back");
  2. torpor emocional para outras experiências relacionadas; e
  3. sintomas físicos de ansiedade, depressão e dificuldades cognitivas.
A ansiedade e depressão estão comumente associadas e a ideação suicida pode ocorrer. Como exemplo, há as experiências de guerra, catástrofes naturais, estupro, acidentes sérios etc. Fatores predisponentes, como traços de personalidade ou presença de outros transtornos mentais, podem facilitar o aparecimento do transtorno ou agravar o seu curso, mas não são necessários nem suficientes para explicar a sua ocorrência. O início do quadro segue o trauma com um período de latência que pode variar de poucas semanas a meses, raramente excedendo a 6 meses. O curso é flutuante e a recuperação ocorre na maioria dos casos. O tratamento com psicoterapia de orientação psicanalítica, terapia cognitiva e a associação a psicofármacos, ansiolíticos ou antidepressivos, conforme a síndrome predominante, parecem trazer bons resultados.

O que é o transtorno-obsessivo compulsivo?
O Transtorno Obsessivo Compulsivo, ou simplesmente TOC, é uma doença crônica caracterizada pela presença involuntária e intrusiva de obsessões e/ou compulsões. Obsessões são pensamentos, sentimentos, idéias, impulsos ou representações mentais vividos como intrusos e sem significado particular para o indivíduo. As obsessões mais comuns são as de limpeza e contaminação (por sujeira e doenças), verificação, escrupulosidade (moralidade), religiosas e sexuais.

Depressão e Depressão pós parto.




O que é a depressão?

É impossível não ter uma vida feita de altos e baixos. Sentir-seinfeliz ou triste perante o desapontamento, a perda, afrustração ou a doença é algo normal. Muitas pessoas utilizam a expressão “depressão” para explicar esse tipo de sentimentos, mas trata-se na realidade de depressão situacional, que não é mais do que uma reacção normal perante os acontecimentos que nos rodeiam. A depressão clínica, contudo, domina por completo a nossa vida e entranha-se no nosso dia-a-dia, interferindo na nossa capacidade de trabalhar, de estudar, de se alimentar, de dormir e de se divertir. É algo inexorável, com ou sem nenhum alívio.


Sinais Sintomas e Causas da Depressão

Sentir-se em baixo de tempos em tempos é algo normal que faz parte da vida. No entanto, quando a tristeza se apodera de nós e quando teima em não desaparecer, podemos então, estar com uma depressão.
Mais do que temporário, os momentos de depressão dificultam o desempenho de funções laborais, assim como o(a) impossibilitam de desfrutar a vida, como outrora o fizera.
Uma pessoa com uma depressão grave tem pouco interesse, ou até nenhum, no trabalho ou no lazer, e pode até apresentar dificuldades quanto ao levantar-se da cama.
Com um tratamento e apoio, poderá sentir-se_melhor. Aprender a compreender em que consiste a depressão – incluindo os sinais, os sintomas e as causas – é o primeiro passo para superar o problema.


Quais os sinais e os sintomas da depressão?

Existe uma grande diferença entre “sentir-se deprimido” e sofrer de depressão clínica.
O desânimo próprio da depressão clínica é implacável e esmagador. Algumas pessoas descrevem-no com “viver num buraco negro” ou como a sensação de uma desgraça iminente. Não podem escapar à sua infelicidade e ao desespero. No entanto, algumas pessoas que sofrem de depressão não se sentem minimamente tristes. Pelo contrário, sentem-se sem energia e vazias. Neste estado apático, são incapazes de sentirem prazer. Mesmo quando participam em actividades que habitualmente apreciavam, sentem-se afastados da realidade. Os sinais e os sintomas variam de pessoa para pessoa e podem aumentar e diminuir em termos de gravidade ao longo do tempo.


A depressão e os homens

depressão é um termo tendencioso na nossa cultura. Muitos são os que o associam, porém erroneamente, a um sinal de fraqueza ou a um excesso emocional. Isso é especialmente verdade no que toca aos homens. Os homens deprimidos têm menos probabilidade, contrariamente às mulheres, de admitirem sentimentos de auto-repugnância e de desespero.


Como é a depressão expressa quando se trata de homens?

Frequentemente, é percepcionada de maneira mais “socialmente aceitável”.
Raiva, agressividade, comportamento irreflectido e violência, juntamente com o abuso de substâncias tóxicas, podem ser sinais de uma depressão subjacente.
Poderá ouvir queixas relativas a cansaçoirritabilidadeproblemas em adormecer e desinteresse ou súbito interesse excessivo nas actividades profissionais e de lazeres. Apesar de as mulheres apresentarem taxas de depressão duas vezes mais elevadas do que as taxas apresentadas pelos homens, os homens apresentam um maior risco de suicídio, especialmente no que diz respeito aos homens mais velhos.


A depressão e o suicídio

A depressão é um risco importante no que diz respeito ao suicídio. O desespero profundo e a angústia que surgem associadas à depressão podem fazer com que o suicídio seja encarado como a única forma de pôr um ponto final na dor. Os indivíduos com tendências suicidas apresentam, frequentemente, indícios ou sinais das suas intenções. A melhor maneira de prevenir o suicídio é saber quais os sinais de alarme e de ficar atento(a) a esses sinais e, por conseguinte, tomar uma atitude caso os reconheça. Se está convicto(a) de que um(a) amigo(a) ou um familiar apresenta tendências suicidas, pode desempenhar um papel na prevenção do suicídio mostrando-lhe o caminho rumo a alternativas, mostrando o quanto se preocupa e recorrendo à ajuda de um profissional.


As várias faces da Depressão

depressão reveste várias formas e feitios. Para alguns, a depressão pode persistir, a um nível reduzido, durante meses e mesmo durante anos. Para outros, os sintomas são tão intensos que interferem gravemente com o quotidiano podendo levá-los ao suicídio.
A depressão pode ser desencadeada ou agravada por acontecimentos pessoais e interpessoais, por alterações hormonais (por exemplo, após_o_parto) e pode até ser provocada pela falta de luz solar.


Depressão Clínica

A depressão clínica caracteriza-se pela incapacidade de desfrutar da vida e de sentir prazer. A falta de interesse pelas actividades realizadas no exterior, os sentimentos fortes de demérito ou de culpa, os pensamentos segundo os quais a vida não vale a pena ser vivida, o aumento ou a perda de peso, os distúrbios do sono, tudo isto são sinais característicos da depressão clínica.
Normalmente, estes sentimentos devem persistir pelo menos durante duas semanas para que possamos considerar que se trata de um episódio de depressão clínica.

Os sintomas podem variar:

• De ligeiros, quando consegue realizar actividades quotidianas com algum esforço adicional;
• A graves, quando deixa de poder concluir actividades diárias.


A distimia (Depressão leve mas prolongada)

No caso de sofrer de distimia, sentir-se-á como se tivesse sempre estado deprimido(a). No âmbito da distimia, os sintomas depressivos não são tão intensos quanto os de um episódio de depressão clínica, no entanto, perduram durante um longo período de tempo, ou seja, durante pelo menos dois anos. Serão mais os dias em que se sentirá ligeiramente ou moderadamente deprimido(a), embora possa ter, temporariamente, uma melhor disposição. Estes sintomas crónicos podem fazer com que o desfrutar da vida seja algo difícil, assim como relembrar tempos melhores.



O que é a Depressão Pós-Parto?

Emoções fortes após o parto, o chamado “baby blues”, são normais. As mulheres, recentemente mães, que estão a recuperar do parto, sentem-se mais carenciadas em termos de sono e estão a adaptar-se às responsabilidades inerentes à maternidade. Todavia, adepressão pós-parto é mais duradoura e mais grave. O que pode ser sobretudo assustador para as mulheres que sofrem de depressão pós-parto são os sentimentos de querer evitar a presença do bebé ou até de querer prejudicá-lo. A depressão pós-parto não ocorre necessariamente imediatamente após o parto. Pode ocorrer até um ano após o nascimento da criança.

Uma depressão é mais do que estar “em baixo” ou triste durante alguns dias. É uma séria doença que envolve o cérebro. Numa depressão, a tristeza, a ansiedade ou o vazio de sentimentos não desaparecem e interferem na rotina do dia-a-dia. Estes sintomas podem ir de ligeiros a graves. A boa notícia é que a maioria das pessoas com depressão melhoram com tratamento.

Quão comum é a depressão durante e pós gravidez?

A depressão é um problema comum, durante e depois da gravidez. Cerca de 13% de mulheres grávidas e mães recentes têm depressão.


Como é possível diagnosticar uma depressão pós-parto?

Se estiver grávida, ou tiver dado à luz recentemente, pode estar deprimida sem o saber. Algumas mudanças naturais durante e depois da gravidez podem causar sintomas similares aos da depressão. Se tiver algum dos seguintes sintomas por mais de duas semanas, consulte um médico:

• Cansaço;
• Mau-humor;
Tristeza;
• Desespero;
• Impotência;
• choro frequente;
• falta de energia e motivação;
• distúrbios na alimentação;
• distúrbios no sono;
• dificuldade de concentração e de memória;
• sentimentos de culpa;
• perda de interesse em actividades;
dores de cabeça, ou problemas de estômago.

O seu médico poderá dizer-lhe se os sintomas são de uma depressão ou não.

O que causa a depressão? O que é a depressão pós-parto?

Não existe uma única causa para a depressão. A depressão resulta da combinação de diversos factores e é uma doença que tende a expandir-se nas famílias. Mulheres, com historial familiar de depressão, tendem a ter depressões.
As mudanças na estrutura ou na química do cérebro podem ter um papel fundamental nasdepressões. Acontecimentos como a morte de um ente querido, cuidar de familiares idosos, abusos, e pobreza, podem provocar depressões.

Os factores hormonais únicos das mulheres contribuem, em alguns casos, para a depressão. É um facto que as hormonas afectam directamente a química do cérebro que controla as emoções e o humor.
Também se sabe que as mulheres correm maior risco de depressão em certas alturas da sua vida, como na puberdade, durante e a pós uma gravidez, e durante o período prémenopausa. Algumas mulheres chegam a ter sintomas de depressão antes da altura damenstruação. A depressão após o nascimento de um filho é chamada depressão pós-parto.

As mudanças hormonais podem provocar sintomas de depressão pós-parto.
Na gravidez, os níveis de estrogénio e progesterona aumentam consideravelmente. Nas primeiras 24 horas após o parto, os níveis hormonais voltam ao normal. Investigadores crêem que a mudança abrupta de níveis de hormonas pode originar a depressão. Isto assemelha-se um pouco às pequenas mudanças hormonais que precedem o período menstrual e que afectam o humor das mulheres.

Os níveis de hormonas da tiróide também descem depois do parto. A tiróide é uma pequenaglândula no pescoço, que ajuda a regular a maneira como o corpo usa e armazena a energia retirada da comida. Baixos níveis de tiróide podem causar sintomas de depressão. Uma simples análise ao sangue pode dizer se é esta a causa dos seus sintomas. Se for, o seu médico poderá receitar-lhe medicamentos para a tiróide. Outros factores podem ser relevantes para a depressão pós-parto.
Poderá sentir:

• cansaço após o parto;
• cansaço pela falta de sono ou sono interrompido;
• dúvidas acerca das capacidades de ser uma boa mãe;
stress devido à mudança nas rotinas;
• uma necessidade surrealista de ser uma boa mãe;
• perda de identidade;
• falta de tempo livre.


Existem mulheres com maior risco de sofrer de depressão pós-parto?

Certos factores podem aumentar o risco de sofrer depressão pós-parto:

• um historial pessoal de depressões ou outras doenças do foro psicológico;
• um historial familiar de depressão e outras doenças do foro psicológico;
• falta de apoio por parte da família e amigos;
ansiedade ou sentimentos negativos acerca da gravidez;
• problemas com gravidezes ou partos anteriores;
• problemas económicos ou maritais;
• gravidez na adolescência;
• abuso de substâncias.

Mulheres que sofreram de depressão durante a gravidez têm mais tendência a ter depressão pós-parto. Se toma medicamentos para a depressão, parar de tomá-los ao engravidar pode fazer com que a depressão volte. Não pare de tomar nenhunsmedicamentos prescritos sem antes consultar um médico. Não ser medicada pode prejudicá-la a si e ao seu bebé.