sábado, 7 de maio de 2011

Depressão e Depressão pós parto.




O que é a depressão?

É impossível não ter uma vida feita de altos e baixos. Sentir-seinfeliz ou triste perante o desapontamento, a perda, afrustração ou a doença é algo normal. Muitas pessoas utilizam a expressão “depressão” para explicar esse tipo de sentimentos, mas trata-se na realidade de depressão situacional, que não é mais do que uma reacção normal perante os acontecimentos que nos rodeiam. A depressão clínica, contudo, domina por completo a nossa vida e entranha-se no nosso dia-a-dia, interferindo na nossa capacidade de trabalhar, de estudar, de se alimentar, de dormir e de se divertir. É algo inexorável, com ou sem nenhum alívio.


Sinais Sintomas e Causas da Depressão

Sentir-se em baixo de tempos em tempos é algo normal que faz parte da vida. No entanto, quando a tristeza se apodera de nós e quando teima em não desaparecer, podemos então, estar com uma depressão.
Mais do que temporário, os momentos de depressão dificultam o desempenho de funções laborais, assim como o(a) impossibilitam de desfrutar a vida, como outrora o fizera.
Uma pessoa com uma depressão grave tem pouco interesse, ou até nenhum, no trabalho ou no lazer, e pode até apresentar dificuldades quanto ao levantar-se da cama.
Com um tratamento e apoio, poderá sentir-se_melhor. Aprender a compreender em que consiste a depressão – incluindo os sinais, os sintomas e as causas – é o primeiro passo para superar o problema.


Quais os sinais e os sintomas da depressão?

Existe uma grande diferença entre “sentir-se deprimido” e sofrer de depressão clínica.
O desânimo próprio da depressão clínica é implacável e esmagador. Algumas pessoas descrevem-no com “viver num buraco negro” ou como a sensação de uma desgraça iminente. Não podem escapar à sua infelicidade e ao desespero. No entanto, algumas pessoas que sofrem de depressão não se sentem minimamente tristes. Pelo contrário, sentem-se sem energia e vazias. Neste estado apático, são incapazes de sentirem prazer. Mesmo quando participam em actividades que habitualmente apreciavam, sentem-se afastados da realidade. Os sinais e os sintomas variam de pessoa para pessoa e podem aumentar e diminuir em termos de gravidade ao longo do tempo.


A depressão e os homens

depressão é um termo tendencioso na nossa cultura. Muitos são os que o associam, porém erroneamente, a um sinal de fraqueza ou a um excesso emocional. Isso é especialmente verdade no que toca aos homens. Os homens deprimidos têm menos probabilidade, contrariamente às mulheres, de admitirem sentimentos de auto-repugnância e de desespero.


Como é a depressão expressa quando se trata de homens?

Frequentemente, é percepcionada de maneira mais “socialmente aceitável”.
Raiva, agressividade, comportamento irreflectido e violência, juntamente com o abuso de substâncias tóxicas, podem ser sinais de uma depressão subjacente.
Poderá ouvir queixas relativas a cansaçoirritabilidadeproblemas em adormecer e desinteresse ou súbito interesse excessivo nas actividades profissionais e de lazeres. Apesar de as mulheres apresentarem taxas de depressão duas vezes mais elevadas do que as taxas apresentadas pelos homens, os homens apresentam um maior risco de suicídio, especialmente no que diz respeito aos homens mais velhos.


A depressão e o suicídio

A depressão é um risco importante no que diz respeito ao suicídio. O desespero profundo e a angústia que surgem associadas à depressão podem fazer com que o suicídio seja encarado como a única forma de pôr um ponto final na dor. Os indivíduos com tendências suicidas apresentam, frequentemente, indícios ou sinais das suas intenções. A melhor maneira de prevenir o suicídio é saber quais os sinais de alarme e de ficar atento(a) a esses sinais e, por conseguinte, tomar uma atitude caso os reconheça. Se está convicto(a) de que um(a) amigo(a) ou um familiar apresenta tendências suicidas, pode desempenhar um papel na prevenção do suicídio mostrando-lhe o caminho rumo a alternativas, mostrando o quanto se preocupa e recorrendo à ajuda de um profissional.


As várias faces da Depressão

depressão reveste várias formas e feitios. Para alguns, a depressão pode persistir, a um nível reduzido, durante meses e mesmo durante anos. Para outros, os sintomas são tão intensos que interferem gravemente com o quotidiano podendo levá-los ao suicídio.
A depressão pode ser desencadeada ou agravada por acontecimentos pessoais e interpessoais, por alterações hormonais (por exemplo, após_o_parto) e pode até ser provocada pela falta de luz solar.


Depressão Clínica

A depressão clínica caracteriza-se pela incapacidade de desfrutar da vida e de sentir prazer. A falta de interesse pelas actividades realizadas no exterior, os sentimentos fortes de demérito ou de culpa, os pensamentos segundo os quais a vida não vale a pena ser vivida, o aumento ou a perda de peso, os distúrbios do sono, tudo isto são sinais característicos da depressão clínica.
Normalmente, estes sentimentos devem persistir pelo menos durante duas semanas para que possamos considerar que se trata de um episódio de depressão clínica.

Os sintomas podem variar:

• De ligeiros, quando consegue realizar actividades quotidianas com algum esforço adicional;
• A graves, quando deixa de poder concluir actividades diárias.


A distimia (Depressão leve mas prolongada)

No caso de sofrer de distimia, sentir-se-á como se tivesse sempre estado deprimido(a). No âmbito da distimia, os sintomas depressivos não são tão intensos quanto os de um episódio de depressão clínica, no entanto, perduram durante um longo período de tempo, ou seja, durante pelo menos dois anos. Serão mais os dias em que se sentirá ligeiramente ou moderadamente deprimido(a), embora possa ter, temporariamente, uma melhor disposição. Estes sintomas crónicos podem fazer com que o desfrutar da vida seja algo difícil, assim como relembrar tempos melhores.



O que é a Depressão Pós-Parto?

Emoções fortes após o parto, o chamado “baby blues”, são normais. As mulheres, recentemente mães, que estão a recuperar do parto, sentem-se mais carenciadas em termos de sono e estão a adaptar-se às responsabilidades inerentes à maternidade. Todavia, adepressão pós-parto é mais duradoura e mais grave. O que pode ser sobretudo assustador para as mulheres que sofrem de depressão pós-parto são os sentimentos de querer evitar a presença do bebé ou até de querer prejudicá-lo. A depressão pós-parto não ocorre necessariamente imediatamente após o parto. Pode ocorrer até um ano após o nascimento da criança.

Uma depressão é mais do que estar “em baixo” ou triste durante alguns dias. É uma séria doença que envolve o cérebro. Numa depressão, a tristeza, a ansiedade ou o vazio de sentimentos não desaparecem e interferem na rotina do dia-a-dia. Estes sintomas podem ir de ligeiros a graves. A boa notícia é que a maioria das pessoas com depressão melhoram com tratamento.

Quão comum é a depressão durante e pós gravidez?

A depressão é um problema comum, durante e depois da gravidez. Cerca de 13% de mulheres grávidas e mães recentes têm depressão.


Como é possível diagnosticar uma depressão pós-parto?

Se estiver grávida, ou tiver dado à luz recentemente, pode estar deprimida sem o saber. Algumas mudanças naturais durante e depois da gravidez podem causar sintomas similares aos da depressão. Se tiver algum dos seguintes sintomas por mais de duas semanas, consulte um médico:

• Cansaço;
• Mau-humor;
Tristeza;
• Desespero;
• Impotência;
• choro frequente;
• falta de energia e motivação;
• distúrbios na alimentação;
• distúrbios no sono;
• dificuldade de concentração e de memória;
• sentimentos de culpa;
• perda de interesse em actividades;
dores de cabeça, ou problemas de estômago.

O seu médico poderá dizer-lhe se os sintomas são de uma depressão ou não.

O que causa a depressão? O que é a depressão pós-parto?

Não existe uma única causa para a depressão. A depressão resulta da combinação de diversos factores e é uma doença que tende a expandir-se nas famílias. Mulheres, com historial familiar de depressão, tendem a ter depressões.
As mudanças na estrutura ou na química do cérebro podem ter um papel fundamental nasdepressões. Acontecimentos como a morte de um ente querido, cuidar de familiares idosos, abusos, e pobreza, podem provocar depressões.

Os factores hormonais únicos das mulheres contribuem, em alguns casos, para a depressão. É um facto que as hormonas afectam directamente a química do cérebro que controla as emoções e o humor.
Também se sabe que as mulheres correm maior risco de depressão em certas alturas da sua vida, como na puberdade, durante e a pós uma gravidez, e durante o período prémenopausa. Algumas mulheres chegam a ter sintomas de depressão antes da altura damenstruação. A depressão após o nascimento de um filho é chamada depressão pós-parto.

As mudanças hormonais podem provocar sintomas de depressão pós-parto.
Na gravidez, os níveis de estrogénio e progesterona aumentam consideravelmente. Nas primeiras 24 horas após o parto, os níveis hormonais voltam ao normal. Investigadores crêem que a mudança abrupta de níveis de hormonas pode originar a depressão. Isto assemelha-se um pouco às pequenas mudanças hormonais que precedem o período menstrual e que afectam o humor das mulheres.

Os níveis de hormonas da tiróide também descem depois do parto. A tiróide é uma pequenaglândula no pescoço, que ajuda a regular a maneira como o corpo usa e armazena a energia retirada da comida. Baixos níveis de tiróide podem causar sintomas de depressão. Uma simples análise ao sangue pode dizer se é esta a causa dos seus sintomas. Se for, o seu médico poderá receitar-lhe medicamentos para a tiróide. Outros factores podem ser relevantes para a depressão pós-parto.
Poderá sentir:

• cansaço após o parto;
• cansaço pela falta de sono ou sono interrompido;
• dúvidas acerca das capacidades de ser uma boa mãe;
stress devido à mudança nas rotinas;
• uma necessidade surrealista de ser uma boa mãe;
• perda de identidade;
• falta de tempo livre.


Existem mulheres com maior risco de sofrer de depressão pós-parto?

Certos factores podem aumentar o risco de sofrer depressão pós-parto:

• um historial pessoal de depressões ou outras doenças do foro psicológico;
• um historial familiar de depressão e outras doenças do foro psicológico;
• falta de apoio por parte da família e amigos;
ansiedade ou sentimentos negativos acerca da gravidez;
• problemas com gravidezes ou partos anteriores;
• problemas económicos ou maritais;
• gravidez na adolescência;
• abuso de substâncias.

Mulheres que sofreram de depressão durante a gravidez têm mais tendência a ter depressão pós-parto. Se toma medicamentos para a depressão, parar de tomá-los ao engravidar pode fazer com que a depressão volte. Não pare de tomar nenhunsmedicamentos prescritos sem antes consultar um médico. Não ser medicada pode prejudicá-la a si e ao seu bebé.

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